PAPO DE JANELA - Geração T: quando o tempo pede transformação
- rotarynileste
- há 5 dias
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Atualizado: há 2 dias

No início de noite de uma quarta-feira (14/05), a tela se acende. Do outro lado, rostos familiares, vozes conhecidas e a sensação calorosa de pertencimento. Era mais uma reunião interclubes de Zoom do Rotary e do Rotaract Club de Nova Iguaçu-Leste, mas a pauta daquela noite carregava mais do que relatórios — trazia convicções, afetos e o desejo coletivo de fazer mais e melhor.
A Pres. 2024-25 Ingrid Leal do Rotaract e a Presidente Eleita 2025-26 Patrícia Leal de nosso Clube de Rotary, conduziram o encontro com a sensibilidade, escuta e muito bom humor próprio da proposta do Projeto de Reunião Virtual intItulado "PAPO DE JANELA".
Na tela dividida do Zoom, cada quadrado revelava uma história em movimento — empresários, educadores, comunicadores e jovens líderes conectados por um tema urgente: a velocidade das transformações que vivemos. E mais do que refletir sobre elas, o grupo queria compreendê-las com profundidade, empatia e coragem.
Ingrid, do Rotaract, deu o tom. Falou da Geração T — a geração da Transformação, da Tecnologia e da Transição. Não, não estamos falando de idade, mas de mentalidade. De quem está disposto a aprender, reaprender, testar, errar e tentar de novo. Um novo tipo de alfabetização: emocional, digital, social. E acima de tudo, humana.
A conversa foi além. Falamos sobre como a inteligência artificial reorganiza o tempo — nos torna mais produtivos, sim, mas também mais desafiados a escolher com sabedoria o que fazer com esse “tempo economizado”. Patrícia compartilhou seu cotidiano como consultora de marketing, ajudada pela IA, mas não isenta de sobrecarga. Já Fábio, Presidente Eleito 2025-26 do Rotary Copacabana, falou com precisão cirúrgica: “a tecnologia não te dá tempo livre, ela te dá poder de decisão”.
A tecnologia apareceu como ponte e como espelho. Espelho porque expõe nossas fragilidades, vícios digitais, nossa fuga da leitura lenta, da escrita manual, da contemplação. Ponte porque conecta mundos, pessoas, saberes e oportunidades. Como lembrou Selma, rotariana e educadora da rede pública: o desafio hoje não é usar tecnologia, mas saber quando desligá-la.
A noite seguiu com provocações gentis. A rotariana e psicanalista Ana Santos, comentou sobre o “efeito manada” das redes, Cleonice do Rotary Club de Copacabana, lembrou da importância de manter viva a escrita manual, e Zélia sua companheira de Clube, emocionou ao falar da retomada do hábito da leitura, começando por audiolivros. Sim, o futuro exige coragem — inclusive para olhar para trás e resgatar o que importa.
Patricia finalizou a dinâmica do PAPO DE JANELA:
"Sabe, no fim das contas, talvez todos nós já sejamos da tal Geração T — mesmo sem crachá ou hashtag. A gente que aprendeu a conviver com o silêncio das cartas e agora se acostuma com o som das notificações. Que trocou o mapa de papel pelo GPS, e a receita do caderno pela do YouTube. Somos aqueles que, com humor e coragem, seguimos tentando entender o que é um prompt, mesmo quando ainda erramos o login. O mais bonito disso tudo é perceber que, em meio à correria do mundo moderno, ainda somos capazes de parar para conversar, rir juntos e reaprender a olhar a vida com curiosidade. E se a tecnologia avança, que bom — que a gente avance também, mas com alma, com afeto e com essa vontade bonita de continuar trocando janelas, olhares e histórias."
Ao final, ficou a certeza: somos todos Geração T, de transição, de travessia e de transformação. E é no diálogo intergeracional, como o que vivemos nesta reunião, que encontraremos o equilíbrio entre a máquina e a alma, entre o tempo acelerado e os valores que não podem se perder no caminho. Quer conferir A GRAVAÇÃO deste PAPO DE JANELA? Clique no botão abaixo!
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