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A geléia real dos clubes de Rotary

  • Foto do escritor: Patrícia Leal
    Patrícia Leal
  • 25 de jun.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 13 de out.

Crônica para líderes que ainda não sabem que são "abelhas rainhas" em formação


uma abelha em sua colméia trabalhando para fazer  sua geléia real para fazer referência aos que trabalham nos Clubes de Rotary
Foto - Freepik

Quando uma colmeia perde sua rainha, não é apenas uma abelha que se vai. É o eixo que gira a esperança. É o sopro que mantém viva a engrenagem coletiva de um propósito maior. Durante um tempo, o zumbido da organização silencia, as missões se tornam dispersas, e a própria colônia passa a existir por inércia.


Nos clubes de serviço, e no Rotary não é diferente, também somos, vez ou outra, colmeias sem rainha. Ou melhor, colmeias que perderam o brilho de seus líderes naturais. Aqueles que não comandam com títulos, mas com presença. Que não reinam, mas inspiram. Que não impõem, mas criam espaço para a vida florescer.


No entanto, como as abelhas nos ensinam, a solução nunca vem de fora. Ela está dentro. E começa de forma surpreendentemente simples: olhar ao redor, reconhecer o potencial ainda adormecido, e decidir nutrir.


Nutrição é Mentoria

Em Rotary, é preciso nutrir novos líderes sem despejar regras, planilhas e estatutos sobre seus ombros. É importante oferecer-lhes nossa geleia real: tempo, escuta, empatia, espaços de experimentação e doses generosas de confiança. É primordial permitir que rotarianos e rotaractianos se desenvolvam não por imposição, mas por estímulo.


É perguntar com intenção: Qual causa te emociona de verdade? Como você gostaria de fazer a diferença com seu talento?

Assim, cada projeto ou ação, torna-se uma sala de aula prática. Cada reunião, um laboratório de autonomia. E cada clube, uma incubadora de líderes.


A liderança não nasce pronta. Ela é preparada.

Os líderes que a cada ano rotário farão o Rotary renascer em clubes mais vibrantes, inclusivos e intergeracionais não surgirão com crachás dourados ou discursos prontos. Serão criados pela cultura que escolhemos cultivar, pelas histórias que contamos, pelo espaço que damos para o erro construtivo e para a ousadia sensata.


Para isso, algumas dicas de gestão e desenvolvimento humano podem se transformar em verdadeiros catalisadores:

  • Crie rituais de acolhimento real.

Não basta apresentar o novo associado. É preciso descobrir quem ele é e o que move seu coração.

  • Institua mentorias naturais.

Associe um veterano a um novo membro. Não como tutor formal, mas como amigo de caminhada.

  • Dê projetos, não apenas tarefas.

Deixe que liderem pequenas ações. Que experimentem a arte de mobilizar. E que sintam orgulho ao ver os resultados.

  • Incentive a escuta ativa e reuniões colaborativas.

Um clube que ouve, cresce. Um clube que cala ideias, estagna.

  • Trabalhe com base em causas e não apenas em obrigações.

Clubes que inspiram não cobram presenças, cultivam pertencimento.


O novo líder não será uma cópia da rainha anterior. E isso é excelente!

Talvez ele fale menos, ouça mais. Talvez traga novas formas de mobilizar, mais digitais, mais visuais, mais conectadas com a era atual. E tudo bem. A função de um líder não é repetir o passado. É preparar o futuro.


E o mais bonito da metáfora da colmeia é que a rainha não é genética. Ela é decisão. Ela é transformação ambiental. Ela é o fruto do coletivo que escolheu investir, acreditar e nutrir.


Se queremos clubes vivos, que atraiam novos membros, precisamos parar de esperar por "pessoas prontas". Precisamos formar pessoas possíveis. E isso se faz com exemplos, com afetos, com paciência e com oportunidades reais de protagonismo.


No Rotary, todos tem potencial para ser "abelhas rainha". Basta que alimentemos com o que temos de mais nobre: nosso tempo, nossa fé no outro e nossa visão de um mundo melhor.

No fim das contas, a crise que parecia fim… era apenas convite.

Convite para a renovação. Para o florescimento de uma nova liderança.

E para o renascimento silencioso de toda uma colmeia.

imagem como a foto da patricia leal, mulher branca cabelos curtos lisos e pretos e de óculos. Ela é administradora e consultora de marketing, além de empresária da empresa innovarum marketing

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